1º/8º GAv - Esquadrão Falcão

 

Sediado na Base Aérea de Belém, no Pará, o Esquadrão Falcão foi criado no dia 10 de novembro de 1972 através da Portaria 025/GM-3, tendo suas origens na Esquadrilha de Reconhecimento e Ataque 51 (ERA-51) que operava com os North American T-6D/G Texan e na Terceira Esquadrilha de Ligação e Observação (3ª ELO), que operava os Cessna L-19A/E Bird Dog, ambas sediadas na Base Aérea de Canoas, no Rio Grande do Sul, durante os anos 60.

Em 1969, a ERA-51 fundiu-se com o ERA-42 de Campo Grande, no antigo Mato Grosso e depois com a 3ª ELO, dando origem ao Primeiro Esquadrão de Reconhecimento e Ataque (1° ERA). Com as modificações na estrutura da Força Aérea Brasileira, o 1º ERA foi transferido para a Base Aérea de Belém, com o objetivo de aumentar a presença de helicópteros na região Amazônica, motivo pelo qual recebeu os Bell UH-1D Iroquois, além dos Cessna L-19E Bird Dog e North American T-6D/G Texan, passando a designar-se Primeiro Esquadrão Misto de Reconhecimento e Ataque (1º EMRA).

Com a extinção dos EMRAs e a criação do Oitavo Grupo de Aviação, responsável pela operação de helicópteros na FAB, em 9 de setembro de 1980 a Unidade passou a ser designada como Primeiro Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (1º/8º GAv), porém mantendo o nome de Esquadrão Falcão. Em 1980 o 1º/8º GAv foi transferido para a Base Aérea de Manaus, recebendo a nova designação de 7º/8º GAv.

Como as distâncias na região Amazônica são muito grandes, tornou-se necessário o retorno de uma Unidade Aérea com helicópteros para Belém, por isso, no dia 28 de dezembro de 1987 estabeleceu-se na Base Aérea de Belém a Primeira Esquadrilha do 7º/8º GAv. No dia 16 de outubro de 1991, essa esquadrilha passou a ser o núcleo do 1º/8º GAv, que foi reativado no dia 29 de outubro de 1992.

Entre os seus integrantes, muitos denominam o 1º/8º GAv como Esquadrão Falcão Pioneiro, por terem utilizado esse nome no período em que o 7º/8º GAv de Manaus, atual Esquadrão Harpia, utilizou o nome Esquadrão Falcão, até ser definitivamente oficializado pelo COMGAR.

Entre as tarefas sob responsabilidade do 1º/8º GAv estão as missões de infiltração e exfiltração de tropas (utilizando as técnicas de Rapel, Pouso de Assalto e McGuire), Busca e Salvamento (SAR) e Busca e Salvamento em Combate (C-SAR), tanto na selva como no mar. Realiza também missões de apoio social e humanitário com as populações ribeirinhas e indígenas, atuando principalmente nas campanhas de vacinação e de apoio ao Ministério da Saúde.

Com o objetivo de promover o incremento da eficiência administrativa e maior racionalidade da estrutura organizacional, em dezembro de 2016 o Comando da Aeronáutica extinguiu o Comando-Geral de Operações Aéreas (COMGAR), o Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA), as quatro Forças Aéreas (I FAe, II FAe, III FAe e V FAe) e os Comandos Aéreos Regionais (I COMAR, II COMAR, III COMAR, IV COMAR, V COMAR, VI COMAR e VII COMAR). Nesse processo de reestruturação, o COMGAR foi substituído pelo Comando de Preparo (COMPREP), o COMDABRA pelo Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) e as Bases Aéreas foram incorporadas pelas Alas, passando a subordinação das suas Unidades Aéreas para as respectivas Alas. Assim, em janeiro de 2017, a Base Aérea de Natal foi desativada e passou a fazer parte da Ala 10, sediando o 2º/5º GAv Esquadrão Joker, o 1º/5º GAv Esquadrão Rumba e o 1º/11º GAv Esquadrão Gavião. No dia 22 de janeiro de 2018, Base Aérea de Natal passou a sediar o 1º/8º GAv Esquadrão Falcão (anteriormente sediado na Base Aérea de Belém, no Pará) e o 2º ETA Esquadrão Pastor (anteriormente sediado na Base Aérea de Recife, em Pernambuco).

Em meados de 2020, o Comando da Aeronáutica decidiu reativar os Comandos Aéreos Regionais. As Alas não foram extintas, mas as Bases Aéreas foram reativadas e receberam de volta o comando das suas Unidades Aéreas.

Aeronaves

Quando assumiu a designação oficial em 29 de outubro de 1992, o Esquadrão Falcão operava com os helicópteros Aerospatiale (depois Eurocopter) CH-55 Fennec (versão biturbina do Helibras UH-50 Esquilo) e posteriormente recebeu os Bell UH-1H Iroquois, sendo que alguns eram modelos UH-1D modernizados. Em 2006 a FAB alterou a designação de todos os seus helicópteros, retirando a letras C e U do nome, dessa forma, o Bell UH-1H passou a ser Bell H-1H Iroquois.

No dia 20 de dezembro de 2010, como parte do Programa H-XBR, a Força Aérea Brasileira recebeu o primeiro Eurocopter EC725 Super Cougar, montado pela Helibras e batizado como H-36 Caracal, iniciando a desativação dos Bell H-1H Iroquois. Equipados com dois motores Turbomeca Makila 2A1 com 2.415 shp de potência e modernos sistemas de navegação, os EC725 proporcionaram uma elevação do padrão operacional do Esquadrão Falcão. Em 01 de janeiro de 2014, a Eurocopter foi extinta e nasceu a Airbus Helicopters, como parte do Airbus Group (que antes era EADS). Em meados desse mesmo ano, o Esquadrão Falcão desativou o seu último Bell H-1H Iroquois. Em março de 2016 o Esquadrão Falcão recebeu o primeiro H-36 equipado com sonda para reabastecimento em voo, torreta FLIR (Forward Looking Infra-Red) e sistemas de autoproteção com lançadores de chaff e flare, RWR (Radar Warning Receiver), LWR (Laser Warning Receiver) e MAWS (Missile Approach Warning System).  

Fonte: SPOTTER / CECOMSAER

.

.

RETORNAR

.

.

.

.