1º/1º GAvC - Esquadrão Jambock

2º/1º GAvC - Esquadrão Pif-paf

 

O Primeiro Grupo de Aviação de Caça (1º GAvC) está sediado na Base Aérea de Santa Cruz, no Rio de Janeiro, possuindo dois esquadrões: o 1º/1º GAvC Esquadrão Jambock e o 2º/1º GAvC Esquadrão Pif-paf. Ambas as Unidades tem por atribuição realizar missões de ataque à superfície e defesa aérea. O Primeiro Grupo de Aviação de Caça foi criado pelo Decreto nº 6.123 de 18 de dezembro de 1943, pelo então Presidente Getúlio Vargas, tendo realizado 2.546 sortidas ofensivas ao longo de 450 missões nos céus da Itália durante a II Guerra Mundial.

Com o final da guerra, o 1º GAvC retornou para a Base Aérea de Santa Cruz, passando a operar junto com o 2º GAvC. Em 24 de março de 1947, o Decreto nº 22.802 transformou o 1º e 2º GAvC no 9º Grupo de Aviação, surgindo o Primeiro Esquadrão do Nono Grupo de Aviação (1º/9º GAv) e o Segundo Esquadrão do Nono Grupo de Aviação (2º/9º GAv), ambos sediados na Base Aérea de Santa Cruz. Em 1949, para fazer justiça à Unidade que forjou seu nome lutando nos céus da Itália, o Decreto-Lei nº 27.313 modificou novamente a denominação, trazendo de volta o 1º Grupo de Aviação de Caça, substituindo o 9º GAv, agora com dois esquadrões: o Primeiro Esquadrão do 1º Grupo de Aviação de Caça (1º/1º GAvC) substituindo o antigo 1º GAvC e o Segundo Esquadrão do 1º Grupo de Aviação de Caça (2º/1º GAvC) substituindo o antigo 2º GAvC.

O Primeiro Grupo de Aviação de Caça (1º GAvC) ficou subordinado ao 350th Fighter Group da USAAF, sendo incorporado como um esquadrão junto com outros três, pois o que para a nossa estrutura era um Grupo, para os aliados era apenas um Esquadrão. Durante as operações recebeu o nome código de Jambock, uma espécie de chicote feito de couro de rinoceronte, utilizado pelos nativos da África do Sul para tanger o gado. O 1º GAvC estava constituído por quatro esquadrilhas representadas por cores: Vermelha (letra A), Amarela (letra B), Azul (letra C) e Verde (letra D).

O Segundo Esquadrão do Primeiro Grupo de Aviação de Caça (2º/1º GAvC) tem suas origens no Segundo Grupo de Aviação de Caça (2º GAvC), criado pelo Decreto nº 6.796, de 17 de agosto de 1944, na Base de Natal, Rio Grande do Norte. No dia 5 de outubro de 1944, o 2º GAvC foi transferido para a Base Aérea de Santa Cruz, passando a integrar o 1º Regimento de Aviação (1º RAv). Nessa época, era equipado com aviões Curtiss P-40 Warhawk nas versões E, K, M e N. Em novembro de 1945, passou a utilizar os Republic P-47 Thunderbolt, nas versões D-25, D-27, D-28 e D-30, vindos da Europa, tendo os seus Curtiss P-40 transferidos para o 3º RAv, sediado em Porto Alegre, onde equiparam o 3º GAvC e o 4º GAvC. O nome do esquadrão surgiu na década de 40, por causa de um jogo de cartas chamado pif-paf, muito popular entre os pilotos e usado como distração nos casinos de oficiais. Como conseqüência imediata, foram adotados os quatro naipes para identificar as quatro esquadrilhas: ouros, paus, copas e espadas.

Com o objetivo de promover o incremento da eficiência administrativa e maior racionalidade da estrutura organizacional, em dezembro de 2016 o Comando da Aeronáutica extinguiu o Comando-Geral de Operações Aéreas (COMGAR), o Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA), as quatro Forças Aéreas (I FAe, II FAe, III FAe e V FAe) e os Comandos Aéreos Regionais (I COMAR, II COMAR, III COMAR, IV COMAR, V COMAR, VI COMAR e VII COMAR). Nesse processo de reestruturação, o COMGAR foi substituído pelo Comando de Preparo (COMPREP), o COMDABRA pelo Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) e as Bases Aéreas foram incorporadas pelas Alas, passando a subordinação das suas Unidades Aéreas para as respectivas Alas. Assim, em janeiro de 2017, a Base Aérea de Santa Cruz foi desativada e passou a fazer parte da Ala 12, sediando o Primeiro Grupo de Aviação de Caça e o 3º/8º GAv Esquadrão Puma (anteriormente sediado na Base Aérea dos Afonsos). No dia 29 de dezembro de 2017 o 4º ETA Esquadrão Carajá foi desativado na Base Aérea de São Paulo e suas aeronaves e tripulantes foram incorporados ao 3º ETA Esquadrão Pioneiro, que foi transferido da Base Aérea do Galeão para a Base Aérea de Santa Cruz. No dia 11 de janeiro de 2018 chegou o 1º/7º GAv Esquadrão Orungan (anteriormente sediado na Base Aérea de Salvador).

Em meados de 2020, o Comando da Aeronáutica decidiu reativar os Comandos Aéreos Regionais. As Alas não foram extintas, mas as Bases Aéreas foram reativadas e receberam de volta o comando das suas Unidades Aéreas.

Aeronaves

Em 1953, o 1º GAvC entrou na era do jato, com o recebimento dos Gloster F-8 Meteor, utilizados até 1968, quando recebeu os Lockheed TF-33A T-Bird, voando estas aeronaves até 1972, quando foi incumbido de realizar a avaliação operacional dos Embraer AT-26 Xavante. Em 1975 a Unidade fez sua conversão para os Northrop F-5B Freedom Fighter e F-5E Tiger II. Dessa época até a mudança da camuflagem para o padrão atual, as insígnias dos esquadrões Jambock ("Senta a Pua") e Pif-paf ("Rompe Mato") estavam aplicadas no lado direito do estabilizador vertical, com a insígnia do 1º GAvC ("Senta a Pua") aplicada no lado esquerdo de todas as aeronaves.

O Northrop F-5E Tiger II é um caça tático de defesa aérea e ataque ao solo, equipado com dois motores General Electric J85-GE-21 (velocidade máxima de 1.960 km/h), dois canhões Pontiac Colt M-39A3 calibre 20 mm e capacidade de levar diversos modelos de mísseis, bombas e foguetes. A versão biplace F-5F Tiger II foi desenvolvida para missões de treinamento avançado, possuindo as mesmas características e capacidades da versão monoplace.

Os F-5E e F-5F da Força Aérea Brasileira foram modernizados para F-5EM e F-5FM através de um programa de revitalização desenvolvido pela Embraer, que ampliou em muito as capacidades de navegação e emprego de novos armamentos, inclusive bombas guiadas e mísseis israelenses Python IV e Derby.

Fonte: SPOTTER / CECOMSAER

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