1º/1º GT - Esquadrão Gordo

 

O Primeiro Grupo de Transporte foi criado no dia 5 de outubro de 1944, iniciando as suas operações com as aeronaves Douglas C-47 Dakota no Calabouço, atual Aeroporto Santos-Dumont, no Rio de Janeiro, sendo transferido no dia 19 de janeiro de 1948 para sua atual sede, a Base Aérea do Galeão, também no Rio de Janeiro. No começo de suas atividades, o 1º GT cumpria principalmente missões de lançamento de paraquedistas do Exército Brasileiro. No dia 17 de fevereiro de 1953, foi criado o Primeiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Transporte (1º/1º GT), chamado de Esquadrão Gordo, subordinado posteriormente à Quinta Força Aérea (V FAe).

O Esquadrão Gordo foi a primeira Unidade da FAB a operar as aeronaves de transporte logístico pesado Lockheed C-130E Hercules, recebendo seus três primeiros aviões na segunda metade de 1964, passando a operar oficialmente no dia 18 de fevereiro de 1965, quando os antigos C-47 foram transferidos para a nova Unidade criada para operá-los, o 2º/1º GT. A Força Aérea Brasileira incumbiu o 1º/1º GT de realizar as principais missões de transporte no território brasileiro e no exterior, começando pelas operações sob o comando da ONU no Oriente Médio em 1966. Logo depois, realizou o apoio às forças brasileiras na República Dominicana, o transporte de medicamentos em apoio às vítimas da guerra no Vietnã e envio de ajuda às vítimas do terremoto na Guatemala em 1976, entre outras missões, passando pela "Operação Antártida", em apoio às expedições científicas brasileiras naquele continente.

Em 1975 começaram a chegar os primeiros C-130H, mais modernos e potentes, recebendo mais alguns em 1986. Em 1988, o Esquadrão Gordo passou a operar também os antigos SC-130E que foram utilizados anteriormente pelo 1º/6º GAv e pelo 2º/1º GTT. Com isso, além das missões de transporte logístico, passou também a realizar missões SAR (Search and Rescue - Busca e Salvamento). No início dos anos noventa, o Esquadrão Gordo recebeu os KC-130H de reabastecimento aéreo, operados anteriormente pelo 1º GTT. Essas aeronaves retornaram para o 1º GTT no segundo semestre de 2013 e voltaram para o 1º/1º GT no dia 18 de junho de 2018, quando o 1º GTT foi transferido para a Ala 2 em Anápolis.

O Esquadrão Gordo utilizou aeronaves Hercules de vários lotes e origens, como os C-130H recebidos direto da fábrica, alguns C-130E modernizados nos Estados Unidos para o modelo C-130H e alguns C-130H que pertenceram à Força Aérea Italiana. Ao longo das últimas décadas, todos os Hercules da FAB foram modernizados e passaram a ser denominados simplesmente como C-130, KC-130 e SC-130, posteriormente recebendo a designação C-130M e KC-130M. Além de diversas melhorias nos sistemas operacionais, equipamentos de navegação e painel de instrumentos com telas digitais, os Hercules receberam um novo padrão de pintura.

Em 2013, para minimizar os custos de manutenção e melhorar a capacidade operacional, a Força Aérea Brasileira decidiu concentrar em uma única Base Aérea todos os Lockheed C-130 Hercules de sua frota. Assim, o 1º GTT foi transferido da Base Aérea dos Afonsos para a Base Aérea do Galeão, onde já estava sediado o Esquadrão Gordo, que também operava com o mesmo tipo de aeronave. Os dois esquadrões do 1º GTT e o 1º/1º GT passaram a atuar de forma totalmente integrada, resultando na retirada dos emblemas das aeronaves. O Coral, o Cascavel e o Gordo não foram extintos, pois as tripulações ainda utilizavam os códigos-rádio originais e as bolachas nos uniformes, mas as missões eram realizadas com qualquer aeronave que estivesse disponível.

Com o objetivo de promover o incremento da eficiência administrativa e maior racionalidade da estrutura organizacional, em dezembro de 2016 o Comando da Aeronáutica extinguiu o Comando-Geral de Operações Aéreas (COMGAR), o Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA), as quatro Forças Aéreas (I FAe, II FAe, III FAe e V FAe) e os Comandos Aéreos Regionais (I COMAR, II COMAR, III COMAR, IV COMAR, V COMAR, VI COMAR e VII COMAR). Nesse processo de reestruturação, o COMGAR foi substituído pelo Comando de Preparo (COMPREP), o COMDABRA pelo Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) e as Bases Aéreas foram incorporadas pelas Alas, passando a subordinação das suas Unidades Aéreas para as respectivas Alas. Assim, em janeiro de 2017, a Base Aérea do Galeão foi desativada e passou a fazer parte da Ala 11, sediando o 1º/1º GT Esquadrão Gordo, o 1º/2º GT Esquadrão Condor, o 1º/1º GTT Esquadrão Coral, o 2º/1º GTT Esquadrão Cascavel, o 2º/2º GT Esquadrão Corsário e o 3º ETA Esquadrão Pioneiro. No dia 29 de dezembro de 2017 o 3º ETA foi transferido para a Base Aérea de Santa Cruz, também no Rio de Janeiro.

No dia 18 de junho de 2018, o 1º/1º GTT e o 2º/1º GTT foram transferidos para a Base Aérea de Anápolis, em Goiás, onde passaram a operar com o Embraer KC-390 Millennium. O Esquadrão Gordo ficou com parte das tripulações e todos os Hercules ainda operacionais, passando a ser o único esquadrão na FAB a operar com essa aeronave.

Em meados de 2020, o Comando da Aeronáutica decidiu reativar os Comandos Aéreos Regionais. As Alas não foram extintas, mas as Bases Aéreas foram reativadas e receberam de volta o comando das suas Unidades Aéreas.

No dia 29 de fevereiro de 2024, em uma cerimônia militar realizada na Base Aérea do Galeão, a Força Aérea Brasileira desativou oficialmente os últimos C-130M e KC-130M Hercules, encerrando uma carreira de 59 anos de operação.

Aeronaves

No dia 25 de março de 2022, o Esquadrão Gordo recebeu os Embraer KC-390 Millennium FAB-2853 e FAB-2857, operados anteriormente pelo Esquadrão Zeus, sediado na Base Aérea de Anápolis, em Goiás. Os KC-390 atuaram em conjunto com os C-130M e KC-130M e gradativamente foram substituindo os veteranos Hercules.

O Embraer KC-390 Millennium é um avião para transporte tático e logístico desenvolvido e fabricado pela Embraer Defesa e Segurança, subsidiária do grupo brasileiro Embraer. Equipado com dois turbofans Pratt & Whitney IAE V2500-E5 com 31.300 libras de empuxo cada, utiliza a tecnologia fly-by-wire em sua aviônica e tem capacidade para transportar 23 toneladas, realizando missões de transporte e lançamento de cargas e tropa, reabastecimento em voo, evacuação aeromédica, ajuda humanitária e combate a incêndios florestais.

Fonte: SPOTTER / CECOMSAER

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