7º/8º GAv - Esquadrão Harpia

 

Sediado na Base Aérea Manaus, no Amazonas, o Sétimo Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (7º/8º GAv), conhecido como Esquadrão Harpia, tem suas origens na 51ª Esquadrilha de Reconhecimento e Ataque criada na metade da década de sessenta na Base Aérea de Canoas, no Rio Grande do Sul. Em 1970 a ERA 51 tornou-se o 1º Esquadrão de Reconhecimento e Ataque (1º ERA), sendo transferido para Belém agora como Primeiro Esquadrão Misto de Reconhecimento e Ataque (1º EMRA), criado em 10 de setembro de 1972 para realizar Operações Aéreas Especiais, primordialmente antiguerrilha.

Em 09 de setembro de 1980 o 1º EMRA se tornou 1º/8º GAv e foi transferido para Manaus, Amazonas. No dia 29 de dezembro de 1986 foi criado o Sétimo Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (7º/8º GAv), utilizando as mesmas instalações do 1º/8º GAv, que não foi extinto, apenas deixou de ser ativo. Naturalmente, o 7º/8º GAv herdou o código de chamada Falcão, utilizado pelo antigo 1º/8º GAv desde quando estava em Belém.

No dia 28 de dezembro de 1987 estabeleceu-se na Base Aérea de Belém a 1ª Esquadrilha do 7°/8° GAv. No dia 16 de outubro de 1991, essa esquadrilha passou a ser o núcleo do 1°/8° GAv, que foi reativado no dia 29 de outubro de 1992, surgindo então uma disputa pelo nome Falcão. O nome acabou ficando definitivamente com o 1º/8º GAv, passando o 7º/8º GAv a se chamar provisoriamente Esquadrão Águia e finalmente Esquadrão Harpia.

Entre as missões realizadas pelo 7º/8° GAv, estão as de infiltração e exfiltração de tropas (utilizando as técnicas de Rapel, Pouso de Assalto e McGuire), Busca e Salvamento (SAR) e Busca e Salvamento em Combate (C-SAR), tanto na selva como no mar. Assim como o 1º/8º GAv, o Esquadrão Harpia também realiza missões de apoio social e humanitário com as populações ribeirinhas e indígenas, atuando principalmente nas campanhas de vacinação e de apoio ao Ministério da Saúde.

Com o objetivo de promover o incremento da eficiência administrativa e maior racionalidade da estrutura organizacional, em dezembro de 2016 o Comando da Aeronáutica extinguiu o Comando-Geral de Operações Aéreas (COMGAR), o Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA), as quatro Forças Aéreas (I FAe, II FAe, III FAe e V FAe) e os Comandos Aéreos Regionais (I COMAR, II COMAR, III COMAR, IV COMAR, V COMAR, VI COMAR e VII COMAR). Nesse processo de reestruturação, o COMGAR foi substituído pelo Comando de Preparo (COMPREP), o COMDABRA pelo Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) e as Bases Aéreas foram incorporadas pelas Alas, passando a subordinação das suas Unidades Aéreas para as respectivas Alas. Assim, em janeiro de 2017, a Base Aérea de Manaus foi desativada e passou a fazer parte da Ala 8, sediando o 7º/8º GAv Esquadrão Harpia, o 1º/4º GAv Esquadrão Pacau, o 1º/9º GAv Esquadrão Arara e o 7º ETA Esquadrão Cobra.

Em meados de 2020, o Comando da Aeronáutica decidiu reativar os Comandos Aéreos Regionais. As Alas não foram extintas, mas as Bases Aéreas foram reativadas e receberam de volta o comando das suas Unidades Aéreas.

Aeronaves

O Esquadrão Harpia utilizou inicialmente alguns aviões monomotores Cessna L-19 Bird Dog e helicópteros Bell UH-1D Iroquois, e posteriormente os Embraer U-7 Seneca e os Bell UH-1H Iroquois. Em junho de 1987 o 7º/8º GAv foi dotado de helicópteros Eurocopter CH-55 Fennec. Em setembro do mesmo ano, recebeu os Eurocopter CH-34 Super Puma, que operaram até setembro de 1991, quando retornaram os helicópteros Bell UH-1H Iroquois. No ano seguinte, os CH-55 foram repassados para o 1º/8º GAv. Em 1996 chegaram os UH-1H adquiridos do US ARMY (Exército Americano) que operavam na Europa e possuíam sistema de iluminação de painel diferenciado, permitindo o uso de óculos de visão noturna (NVG - Nigh Vision Goggles), além de diversos componentes eletrônicos e de comunicação diferenciados e pintura externa que reduzia a assinatura infravermelha. Em 2006 a FAB alterou a designação de todos os seus helicópteros, retirando a letras C e U do nome, dessa forma, o Bell UH-1H passou a ser Bell H-1H Iroquois.

No dia 07 de agosto de 2006 o Esquadrão Harpia começou a receber os helicópteros Sikorsky UH-60L Black Hawk, de fabricação americana e designados na FAB como H-60L, para substituir os veteranos Bell H-1H Iroquois. Os últimos "sapões" do 7º/8º GAv foram transferidos para outras Unidades em meados de 2007, encerrando suas atividades em Manaus.

Os Sikorsky UH-60L Black Hawk da Força Aérea Brasileira estão equipados com dois motores General Electric T-700-GE-701C com supressores de calor nos escapamentos, radar Texas Instruments AN/APQ-174 e podem ser armados com duas metralhadoras General Electric M134 Minigun calibre 7,62 mm com seis canos instaladas nas janelas de ambos os lados.

Fonte: SPOTTER / CECOMSAER

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